Hoje contaremos para vocês como foi nosso o roteiro Caminhos da Resistência – Memórias da Política Paulistana.
Nós conhecemos três dos principais pontos que marcaram a repressão da política no Brasil durante a ditadura militar. Este passeio muito bacana, nós fizemos a convite da B4T, para conhecer o portfólio de Turismo Social do Sesc Consolação. E estivemos acompanhadas pela guia credenciada do Ministério do Turismo Dolores Freixas, da historiadora Ângela Fileto e da dupla do Canto Poético – Marco Antonio e William Rolderick.
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O tour começou às 9h30 e partimos a pé direto para a Rua Maria Antonia. Chegando lá entramos no Centro Universitário Maria Antonia.
Ele é considerado o marco histórico da resistência, onde aconteceu o grande conflito físico e ideológico entre estudantes da Faculdade de Filosofia da USP e da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Logo na entrada nos deparamos com a seguinte frase marcante:
Ângela Fileto começou a contar com muita emoção tudo que aconteceu no interior daquele lugar. Ela explicou com detalhes todas as batalhas, o processo da endurecimento da ditadura e como as tropas de choque invadiram a Faculdade em Outubro de 1968.
Entre uma história e outra a dupla fazia algumas intervenções artísticas, dentre elas, eles recitaram o poema Narrar é resistir de Guimarães Rosa e cantaram a música Cálice de Chico Buarque.
De resto, não há sentido nenhum nessa coisa toda. Senão esse sentido que a gente tenta encontrar, a conta-gotas. Nunca é definitivo, claro. Mas narrar é resistir, e talvez uma das melhores formas de resistir.
Hora de partir para a segunda parada, só que dessa vez fomos de micro ônibus.
O antigo Presídio Tiradentes foi inaugurado em 1852, desativado e demolido apenas em 1972 após sua estrutura ter sido abalada pelas obras do metro. Em suas celas foram mantidos Dilma Roussef, Monteiro Lobato, vagabundos, negros fugidos e mendigos. Estar lá era como estar sendo presenteado, era uma maneira da família saber onde a pessoa estava, pois seu nome era divulgado em uma lista.
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Da sua construção original, só sobrou o arco da entrada, que foi tombado pelo seu valor simbólico.
Um fato curioso é que a igreja católica aprovava a ditadura, enquanto Dom Paulo não era nada favor e por isso fazia visitas periódicas ao local para escutar as detentas, que sempre reclamavam de muitos abusos e torturas. Abalado o Dom Paulo questiona os guardas sobre a veracidade de tais histórias e eles confirmam que somente 50% era realmente verdade. Dom Paulo dizia que ainda fossem 1% seria um absurdo.
Hora de partir! Agora fomos caminhando até o Parque da Luz.
Lá aconteceu uma interação maior e mais descontraída com o grupo. A dupla cantou trechos de músicas que descrevem aquele tempo e que até então não tinha esse sentindo para nós.
Ah, também aproveitamos para fazer a foto em grupo e continuamos nossa caminhada para a última parada.
O Memorial da Resistência fechou com chave de ouro e muito aperto no coração o nosso roteiro de Memórias da Política Paulistana.
Lá escutamos relatos e histórias de pessoas que sofreram absurdas torturas. As celas continuam preservadas e você pode entrar para sentir a sensação pesada do ambiente. Dá para acreditar que a tortura era institucionalizada? Isso mesmo, lá podia.
Eu não consegui escutar todos os relatos da última cela até o final. Passar por ali, pelo DEOPS, é algo que certamente essas pessoas nunca vão conseguir apagar de suas memórias. Eu, não consegui apagar da minha!
Se você gostou e quer participar do roteiro Memórias da Política Paulistana, basta ficar de olho na agenda do de Turismo Social do Sesc.